terça-feira, 25 de agosto de 2009

Adolescência, Depressão e Estresse



As exigências acadêmicas e a necessidade dos adolescentes de se sentirem aceitos são alguns dos fatores que influenciam o desenvolvimento desses transtornos.

Na adolescência, os problemas psicológicos como depressão ou estresse, nem sempre se manifestam com os sinais característicos dos adultos. Em muitos casos, a depressão é mascarada por outros sintomas como agressividade ou irritabilidade. Por esta razão, os pais são aconselhados a estar alertas para as mudanças de humor de seus filhos e incentivar a comunicação com eles.


Por: José A. Rodriguez

A depressão e o estresse são dois dos problemas de saúde mais importantes da atualidade. E os adolescentes, imersos em uma época de mudanças fundamentais, também sofrem: um em cada cinco sofre as conseqüências. O estresse é a resposta automática e natural do organismo a situações que são ameaçadoras ou desafiadoras. O ambiente está em constante mudança e precisamos nos adaptar continuamente. No entanto, quando o estresse é excessivo, podem-se desenvolver problemas psicológicos, como ansiedade ou depressão.

Sinais Habituais
Entre os sinais de estresse comuns nessa faixa etária incluem-se taquicardia, aumento da agressividade, abuso de substâncias como o álcool ou as drogas, e o desenvolvimento de doenças físicas. Conforme destaca Esther Calvete, professora de psicologia na Universidade de Deusto, "o estresse responde a uma situação de desajuste vital." Essa situação geradora é bastante variada: um teste na escola, discussões com os amigos ou a separação dos pais. Quando o estresse é excessivo, de acordo com as peculiaridades de cada indivíduo, podem surgir sintomas de vários tipos: ansiedade, depressão ou comportamento agressivo, entre outros.

Os sintomas de depressão em pacientes mais jovens podem ser diferentes daqueles manifestados pelos adultos. Não é fácil diagnosticar a depressão durante a adolescência, já que nessa fase são habituais as flutuações de humor. Além disso, sinais tão típicos da depressão, como tristeza, problemas de sono ou falta de auto-estima podem ser mascarados pelo comportamento indisciplinado ou desobediente, discussões freqüentes, consumo de drogas, etc.

Nesses casos, explica Calvete, os adultos podem interpretar que o problema do adolescente é de uma natureza diferente da depressão, embora um diagnóstico correto seja o pré-requisito necessário para uma intervenção adequada. O adolescente pode mostrar-se triste e apático, embora às vezes manifeste irritabilidade e reações bruscas com outras pessoas. "Estas alterações emocionais são acompanhadas por pensamentos negativos ou baixa auto-estima, sente-se rejeitado e sem esperança de que as coisas melhorem. Ocasionalmente, os pensamentos incluem idéias suicidas", acrescenta a especialista.


Sentindo-se Aceito

O papel da família é ajudar seu filho a ter um autoconceito equilíbrado e uma auto-estima positiva.

Durante a adolescência, ser aceito pelos outros se torna uma necessidade psicológica fundamental. Esta necessidade de aceitação tão intensa "se deve a estereótipos e valores que caracterizam a cultura ocidental", considera Calvete. As meninas são ensinadas em maior medida, que é importante agradar aos outros, o que implica ter um aspecto físico que agrade. Algumas começam a ficar deprimidas após comentários negativos sobre sua aparência. Em muitos casos, quando ela tem a crença "necessito ser aceita pelos outros, seria horrível ser rejeitada...", cada vez que enfrenta uma crítica ou rejeição por parte dos outros, ela sente-se muito mal. Se estas situações se repetem por muito tempo, ela pode desenvolver os sintomas depressivos.

Um jovem que tem dificuldade em ser aceito irá alterar alguns dos seus comportamentos. A psicóloga Sílvia Sumell afirma que alguns sinais são indicativos de que um adolescente está com problemas para ser aceito socialmente, como o fato de "nunca ou raramente ficar com alguém, não receber ligações, não se conectar a qualquer rede, como o Facebook , ter problemas com colegas de classe (luta) e professores (responde mal, desafia, etc), não querer se encontrar com alguém, mostrar-se aborrecido ou mais irritável do que o habitual, apresentar distúrbios do sono ou apetite ou, piorar o desempenho escolar. "

Da mesma forma, alguns estudos sugerem que a partir dos 13 ou 14 anos os casos de depressão aumentam de uma forma muito acentuada. Este aumento se prolonga durante toda a adolescência. As meninas ficam deprimidas com mais freqüência do que os meninos: ao final da adolescência, a taxa de depressão no sexo feminino é duas vezes maior que a masculina.

Pressão Escolar, Depressão e Estresse
Uma das principais causas de depressão na adolescência é a exigência para obter boas notas. Alicia Lopez de Fez, psicóloga em Valência, assinala que os adolescentes se queixam da pressão escolar, uma vez que eles chegam ao consultório com um grande sentimento de insegurança e pouca confiança em suas capacidades. No decorrer das consultas, ganham confiança e as reclamações sobre a carga de estudos deixam de acontecer de forma progressiva. Se ajustam as metas aos recursos, se definem metas realistas, a pressão escolar percebida é menor e a frustração, também.

Reclamações sobre excesso de dever de casa, exames ou trabalhos para entregar e muito pouco tempo, são comuns. No entanto, Sumell afirma que “não há uma pressão escolar generalizada, mas os jovens com problemas adicionais tendem a perceber assim, e como resultado, seu desempenho escolar é afetado."

Essa pressão não é responsabilidade dos pais. Os especialistas concordam que há uma pressão social que os leva a ser cada vez mais e mais competitivos. Aqueles que não têm uma clara vocação ou estão desmotivados com os estudos, podem sofrer mais. "Vêm à consulta jovens sem vocação e sem hábitos de estudo, que superestimam suas habilidades e não são capazes de reconhecer que sem força de vontade e sacrifício não conseguirão iniciar ou terminar, conforme o caso, seus estudos universitários", diz Lopez de Fez.

Por outro lado, uma das principais consequências da atual crise econômica é o futuro trabalho que espera por muitos deles. A falta de perspectivas nesta área é um fator estressante no final da adolescência e pode causar problemas como ansiedade ou depressão.

Promover a Autoestima
O autoconceito é a imagem que o indivíduo tem de si mesmo e a autoestima é o quanto essa imagem agrada ou não ao indivíduo. A auto-imagem é positiva se a imagem que a pessoa tem de si mesma é positiva. Sílvia Sumell explica que a auto-estima é formada ao longo da vida com base no feedback recebido dos pais e das experiências vividas. "Uma das funções da família é ajudar seu filho a ter um auto-conceito equilibrado de si mesmo (adaptado à sua realidade) e uma auto-estima positiva", diz Sumell.

Esta profissional aconselha, em primeiro lugar, fazer uso da linguagem da auto-estima: melhorar a comunicação com o adolescente e para isso, utilizar uma linguagem positiva e evitar acusações, ridicularização e comentários irônicos. Para ajudar os pais a promover a auto-estima saudável de seus filhos, aconselha:

Aceitá-los tal como são.
Descobrir o que eles têm de especial e dizer isso a eles.
Tratá-los com respeito e carinho.
Recompensar seus êxitos e esforços.
Ajudá-los a aceitar suas próprias limitações.
Colaborar para que fixem metas razoáveis.
Ajudá-los a conseguir o êxito social porque isso é fundamental para eles.
Promover a sua autonomia mediante a confiança, e permitir-lhes assumir responsabilidades.
Treiná-los para resolver problemas interpessoais.

O Sistema Antiestresse ajuda a eliminar estresses, relaxar, aumentar a autoestima e a autoconfiança, reduzir ou eliminar depressão e ansiedade. Favorece a autoconsciência e a formulação de metas, traz disposição e motivação.





Mônica Parizzi
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Tel:(31)3588-0989 www.solucoesantiestresse.com.br

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